quarta-feira, 7 de março de 2012

Colisão com asteróide: Chance Zero

Na semana passada fui questionado por alguns alunos sobre a possibilidade de um asteróide colidir com a Terra no ano que vem. Alguns desses alunos me disseram que era certeza, que tinham visto na internet e coisa e tal...
Bem, em primeiro lugar, não é porque você viu na internet que é verdade. Primeiro temos que pesquisar fontes seguras, para então, repassarmos uma informação como sendo verdadeira.
Pesquisando um pouco, descobri que se tratava do Asteróide 2012 DA14, que tem uma órbita de proximidade com a Terra a cada seis meses. A última vez que passou perto da Terra foi em 16 de fevereiro desse ano (data de sua descoberta pelo Observatório Astronômico de La Sagra - Espanha) e passou a, aproximadamente, 2,5 milhões de km do nosso planeta. Essa distância é de aproximandamente 6 vezes a distância da Terra à Lua.
Em 15 de fevereiro de 2013, o 2012 DA14 passará a apenas 27 mil km de distância da Terra, uma distância que é inferior a  distância em que se encontram os satélites geoestacionários. Porém mesmo assim, a chance de colisão calculada pelos cientistas são despresíveis, e portanto estimada em zero na Escala Torino que vai até 10. Supondo que você que está lendo  ainda tem alguma dúvida sobre a precisão do cálculo, em outubro de 2008, o asteróide 2008 TS26 passou a apenas 6150 km da nossa atmosfera e em março de 2004, a rocha 2004 FU162 passou a 6535 km de distância e nada aconteceu.
A seguir uma figura ilustrativa das órbitas da Terra e do asteróide 2012 DA14.



Mais informações em: Apolo11.com

domingo, 4 de março de 2012

Raios que partem do solo

Sempre que estou ministrando a aula sobre eletrização por indução, o exemplo que exploro é o da formação de raios e o do funcionamento dos pára-raios.
Nessas aulas, além de esclarecer o fenômeno, apresento aos alunos situações em que os raios estão presentes, como no post sobre Gaiola de Faraday (clique no link e veja o vídeo).
Além da formação mais comum dos raios, que é do tipo nuvem-solo, há uma formação rara, e que muitos alunos não acreditam que exista, que é a formação solo-nuvem. Nesse tipo de formação, o raio parte de um ponto no solo e vai para as nuvens. Em geral, 99% dos raios são do tipo nuvem-solo e apenas 1% dos raios são do tipo solo-nuvem, provocados por situações específicas como regiões onde há construções muito altas, como nas grandes cidades onde existem arranha céus, ou formados a partir de alterações ambientais produzidas pelo homem.
Nunca antes o fenômeno havia sido fotografado no Brasil até o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) conseguir imagens desses raios ascendentes. As fotos foram tiradas no Pico do Jaraguá e foram registrados 4 raios, em vinte minutos, um número muito alto, segundo os cientistas do ELAT/INPE (Grupo de Eletricidade Atmosférica). As imagens foram obtidas com uma câmera que pode tirar 4000 frames/segundo.

Mais informações acesse: ELAT/INPE

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A ética de quem tem dinheiro

Quem já assistiu o reality show da Rede Bandeirantes chamado Mulheres Ricas já percebeu que, em algumas participantes, há um impulso à ganância e a exposição do ter e do poder, que nos leva a reflexão: será que quanto mais bens materiais se tem, mais se quer a qualquer custo?
Pois bem: uma pesquisa feita pelo cientista Rodolfo Mendoza-Denton, professor do Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia, mostrou que pessoas da chamada classe A, que possuem maior acesso à educação, cultura e bens econômicos, se comportam menos eticamente que pessoas dos outros níveis sociais.
A pesquisa se baseia no corportamento de cidadãos de classe A em meios sociais como o trânsito e o trabalho, por exemplo. Segundo o pesquisador, pessoas mais abastadas tendem a fechar o cruzamento em vias de circulação com seus carrões, impedindo a passagem de outros carros e/ou pedestres. Em situações de trabalho, a pesquisa afirma que as pessoas da classe A tendem a mentir e enganar para tirar vantagem em negcociações.
Além disso, pessoas de "alta classe", tendem a roubar e furtar pertences valiosos de outras pessoas, dentre outras atitudes antiéticas.
Mas informações sobre a pesquisa, vocês podem ler em: Folha.com. A pesquisa foi publicada na revista especializada PNAS.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Onde estamos: Sistema Solar

Começarei uma série descrevendo o Espaço em que estamos, uma vez que o assunto sempre gera questionamentos curiosos e também porque a maioria das pessoas têm muito pouco conhecimento.
Então vamos lá: Estamos localizados numa Galáxia chamada Via Láctea, num sistema planetário chamado Sistema Solar. No centro do Sistema Solar encontramos o Sol, uma estrela anã com aproximadamente 4.6 bilhões de anos.
Ao redor do Sol orbitam 8 planetas conhecidos, satélites naturais desses planetas, asteróides e cometas, distribuídos numa região de aproximadamente 20 bilhões de quilometros.
Em termos de massa, 99,9% da massa do Sistema Solar compõem o Sol. Os outros 0,1% compõem todos os outros corpos que pertencem ao nosso sistema.
Sobre os planetas que pertencem ao sistema, estes podem ser divididos em 2 grupos: Os Telúricos ou Interiores (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) e os Jovianos ou Exteriores (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno). Os Telúricos são compostos de rochas, tem densidades elevadas, proximidade com o Sol e possuem poucos ou nenhum satélite natural. Os Jovianos são todos gasosos, possuem baixa densidade e muitos satélites naturais. O maior planeta do nosso sistema pertence a esse grupo: é Júpiter. Além disso, todos os planetas chamados Jovianos possuem anéis, porém os mais famosos pertencem ao planeta Saturno.
Além dos planetas, o Sistema Solar possui um cinturão de asteóride entre Marte e Júpiter, chamado Cinturão de Asteróides e um cinturão além da órbita de Netuno, chamado de Cinturão de Kuiper.
Um grupo de corpos celestes, chamados de Planetas Anões também fazem parte do Sistema Solar. O mais conhecido deles é Plutão, que durante muito tempo foi considerado um planeta (até 2006). O grupo de planetas anões é composto por 5 corpos: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris, com Ceres o mais próximo do Sol e Éris o maior e mais distante do Sol.

Mais informações: Apolo11.com



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Mudança de Nome

O blog mudou de nome. Logo em breve, mudará de endereço também. Fiquem atentos as novas postagens!

Abraços

O tempo não para...



Depois de mais de um ano sem postar sequer uma mísera linha nesse veículo de informação e prestação de serviço científico, voltei. E voltei porque o tempo não para. Pode atrasar, mas não para.
O tempo, para nós seres humanos terrenos (redundância ou não?), é medido e aferido por relógios atômicos que medem o tempo através das oscilações naturais do nível de energia do Césio 133. São instrumentos extremamente precisos, que atrasam 1 segundo a cada 65 mil anos.
Porém, a rotação da Terra não é constante e sofre a interferência das mudanças de massas oceânicas e da gravidade dos outros planetas do Sistema Solar e da própria Lua. Assim, a rotação da Terra pode ser mais rápida ou mais lenta. A título de curiosidade, em 2005, os relógios atômicos foram ajustados em microssegundos devido ao tsunami que atingiu  o Sul da Ásia, no final de 2004.
Por causa dessas pequenas diferenças entre o tempo marcado pelos relógios atômicos e o tempo de rotação terrestre, o ano de 2012 será acrescido de 1 segundo, na passagem de 2012 para 2013. Os computadores e GPS serão atualizados automáticamente, pois de maneira geral, seguem o horário de algum dos relôgios atômicos espalhados pelo mundo (existe um relógio atômico no Brasil, no IFSC-USP, porém não sei dizer se está em pleno funcionamento. Quando eu estudei lá, estava...).
Não será a primeira vez que será acrescido 1 segundo ao tempo mundial. Isso já aconteceu outras 34 vezes, desde 1967, quando o tempo mundial passou a ser coordenado. Portanto, o ano de 2012, que é bissexto, terá 31.546.001 segundos, ou seja, a rotação terrestre está mais lenta que os nossos relógios... 

Referência: Apolo11.com

segunda-feira, 18 de outubro de 2010